Jean Paul é engenheiro formado pelo ITA (ELE-59) com Mestrado e Doutorado (PhD) pela Universidade da Califórnia em Berkeley.
Em 1962 entrou para o Laboratório Nórdico da IBM em Estocolmo, já com experiência em outros laboratórios de pesquisa na França e na Holanda. Em 1963 foi convidado para o Laboratório de Pesquisas da IBM de San José, Califórnia, nos EUA, para participar da primeira equipe no projeto "Laboratorio Espacial" da NASA.
Completou sua pós-graduação, obtendo um Master e um duplo Ph.D. em Matemática e Engenharia, na Universidade de Califórnia, Berkeley. Em 1966 voltou ao Centro de Pesquisas da IBM , onde hoje tem o titulo de Pesquisador Emérito. Desde 1966 é professor e pesquisador adjunto na Universidade de Califórnia em Berkeley.
Seus interesses em sistemas de apoio à decisão, engenharia de software, interfaces entre usuários e computadores, etc, o levaram para área de previsões de futuras tecnologias e possíveis cenários, tornando-se conhecido internacionalmente através de mais de 300 entrevistas para jornais e revistas, em 12 países. Entre elas, destaca uma bastante original para um iteano; uma entrevista (séria) de 6 páginas para a revista Playboy ....
Aproveitando seu treinamento em shows do ITA, Jean Paul também deu 31 entrevistas para TVs, incluindo - nos extremos - duas para a CNN e quatro para o Jô Soares. Jean Paul também já deu pelo menos 300 palestras em 15 países e tem vários prêmios, orgulhando-se principalmente de ter recebido dois prêmios importantes da escola de Engenharia de Berkeley, considerada em 2005 a melhor do mundo pelo Times de Londres. É recipiente dos prêmios "Distinguished Alumni" em 1993 e "Resarch Leadership Award" em 2003. Orgulha-se igualmente por ter sido escolhido como paraninfo da turma de 1996 do ITA. Em 2006 recebeu o primeiro Prêmio Destaque Iteano.
Depoimento
Porque uma pessoa como eu, estudioso de tecnologias para o futuro, se interessa por um tema - um pouco esotérico - como Economia Criativa? Se bem que a resposta a essa pergunta é o tema central de minha palestra, posso adiantar um pouco. Vivemos numa economia de Serviços, isto é, nosso PIB é mais de 50% em Serviços. Serviços, por sua vez, sao intangíveis e, portanto não existe métrica para compará-los. Para conquistar novos mercados uma empresa não pode, portanto, "provar" que seu "produto" - visto como serviço - é melhor que o de outra empresa. Assim sendo, novos mercados sao mais facilmente conquistados através de inovações que criam novas demandas. Inovação resulta geralmente de colaboração, multi-disciplinaridade, sistemas abertos e globais. Infelizmente essas sao exatamente as características para as quais nossas empresas colocam barreiras. Inovação resulta de tentativas falhadas e temos medo de falhar diante de nossos chefes, diretores, acionistas, etc. Também gostamos de agregar-nos a pessoas parecidas conosco no trabalho e inovação requer diversidade, ou seja, deveríamos procurar pessoas com outras profissões, valores, etc. Que fazer? As barreiras contra Inovação podem ser vencidas com varias tecnologias emergentes. Ilustraremos uma delas, os chamados wikis, alguns dos quais serão Mundos Virtuais em 3D, como por exemplo, Second Life.
A Internet sabe quase tudo, mas não nos conta quase nada. Porque não encontramos o que queremos?
Inovação é tomar riscos, mas não tomar riscos é muito arriscado!
Nosso cérebro esta' cabeado para processar imagens em 3D, mas as telas que usamos sao 2D; que fazer?
Isto é um pronome, como aquilo. Então se você não sabe o que é aquilo, isto não fará' nenhum sentido para você.
Máquinas podem ter senso de humor? Tradução automática pode existir? Venham verificar ou será' que é "venham ver e ficar?” - O PIB do Brasil é mais de 50% Serviços. E você com isso? Como fica seu futuro?
Processe isto; a tecnologia de jogos (Nintendo, Sony, Microsoft) vai nos ajudar muito na busca da cura de câncer.
Qual o denominador comum de todas essas perguntas e seu relacionamento com a Economia Criativa. É o que Jean Paul Jacob pretende explicar dia 19 de junho. Não percam!
